Câmara Municipal de Gondomar

A Democracia imperfeita e a guerra na Ucrânia marcam as mensagens da sessão solene do 25 de Abril
publicado a 25 de Abril de 2022

O agradecimento aos artífices da revolução, a guerra na Ucrânia e um “25 de Abril” por cumprir, o qual assenta num regime “imperfeito”. Estas foram as ideias-chave da cerimónia evocativa, que, hoje de manhã, nos Paços do Concelho, assinalou oficialmente a comemoração do 48.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

A sessão solene, no salão nobre da Câmara Municipal, contou com a presença de todas as forças políticas do Município e ficou marcada pela intervenção do Presidente da Assembleia Municipal, Aníbal Lira, que partilhou a convicção de que “falar do 25 de Abril é falar de um movimento libertador (…) e deve ser para todos um dia de alegria e de festa”.

Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, referiu que estas comemorações dos 48 anos do 25 de Abril ainda têm um sabor “agridoce”. Isto porque, por um lado, “saímos, ao fim de dois anos, de uma dura pandemia (…) e passamos para uma outra guerra, a bélica”. O autarca dedicou as suas palavras ao povo ucraniano, referindo que Gondomar mostrou “uma solidariedade profunda” que muito o emociona.

Na sessão solene discursaram, ainda, representantes dos grupos partidários representados na Assembleia Municipal. Carlos Costa (IL) desafiou os presentes a pensar sobre o contexto atual do 25 de Abril, “principalmente aqueles que já nasceram em Democracia”, evocando a guerra na Ucrânia.

Já Ricardo Couto (PAN) referiu que este é um dia de todos “da esquerda à direita”, vivido atualmente num contexto que nos volta a pôr à prova, numa alusão também à guerra na Ucrânia.

Sublinhando a importância do 25 de novembro, Nuno Pontes (Chega) referiu que “com este golpe, Portugal entrou no verdadeiro caminho da democracia”.

Já Urbano Marques (CDS-PP) referiu também a guerra na Ucrânia – acontecimento que fez “reviver os fantasmas de uma nova guerra mundial” e lembrar que “viver em Democracia e em Liberdade é um direito de todos os povos”.

Sara Santos (BE) agradeceu a todos os que fizeram o 25 de Abril: “não vivi as suas lutas mas reconheço e agradeço tudo o que fizeram pela Democracia em Portugal”, referindo a importância de relembrar tais lutas.

Para Paulo Silva (CDU), a Revolução dos Cravos “impressionou o mundo e inspirou os povos”, realçando os dois anos que se seguiram “de grandes conquistas para o povo português”.

Segundo Maribel Fernandes (PPD-PSD), foi o 25 de Abril que “nos permitiu ser eleitos e hoje estarmos aqui. É, por isso, um dever de todos os políticos saber respeitar esta data no discurso e, sobretudo, nas ações”.

Por fim, José Laranjeira (PS), para quem este é um dia de “muita alegria”, fez também referência à guerra na Ucrânia, enaltecendo a campanha solidária SOS Ucrânia dinamizada pelo Município de Gondomar e a necessidade de reflexão sobre a Democracia e o estado do Mundo.