O Município de Gondomar é uma das 28 entidades fundadoras da ENNO – Energias do Norte, a maior Comunidade de Energia Renovável criada em Portugal, promovida pela LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, em articulação com os seus municípios associados e diversos parceiros institucionais e empresariais, que se afirma como um projeto estruturante no âmbito da transição energética e da promoção da sustentabilidade ambiental.
A Comunidade de Energia Renovável ENNO baseia-se num modelo de produção e partilha de energia limpa, assente na valorização energética de resíduos urbanos na Central de Valorização Energética da LIPOR, em Baguim do Monte, Gondomar. Este modelo descentralizado e inovador permite gerar energia 100% renovável, a ser utilizada entre os membros da comunidade, otimizando os recursos disponíveis e promovendo a eficiência energética, a estabilidade tarifária e o combate à pobreza energética.
A constituição da ENNO enquadra-se no disposto no artigo 189.º do Decreto-Lei n.º 15/2022, que regula as comunidades de energia, e concretiza as metas definidas no Plano Nacional Energia e Clima 2030 (PNEC 2030), bem como nos compromissos do Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050.
Além de Gondomar, participam nesta comunidade energética os Municípios da Maia, Matosinhos, Paredes, Porto, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa, Valongo e Vila do Conde, bem como várias empresas municipais: Ágora – Cultura e Desporto do Porto, Águas e Energia do Porto, Domus Social, Espaço Municipal, Maiambiente, Matosinhos Habit, Matosinhos Sport, Porto Ambiente, Porto Vivo SRU, STCP e Varzim Lazer. A ENNO conta ainda com a participação da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), da Casa da Arquitetura, do Centro Hospitalar Universitário de São João, do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), da Ordem dos Arquitetos – Secção Regional Norte, da Santa Casa da Misericórdia do Porto e da própria LIPOR.
A adesão de Gondomar a esta Comunidade de Energia Renovável reflete a continuidade de uma estratégia municipal orientada para a sustentabilidade, a neutralidade carbónica e a promoção de soluções inovadoras na gestão dos recursos públicos, com reflexos diretos na qualidade de vida dos cidadãos e na resiliência do território.