Câmara Municipal de Gondomar

Intercetor permite ao rio Tinto o regresso às origens
publicado a 17 de Julho de 2019

Orgulho e felicidade. Estas foram as primeiras palavras que Marco Martins quis deixar às dezenas de pessoas presentes, hoje, na inauguração do intercetor de rio Tinto. “Este é um sonho que se torna realidade, só possível graças à cooperação de várias entidades que trabalharam de mãos dadas em prol das populações. Há dois anos lançamos a obra, hoje está concluída e irá ser uma parte importante do anel de 20 quilómetros de parques e percursos pedonais, que os gondomarenses terão ao dispor no futuro”, destacou o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar.

A cerimónia decorreu frente ao Centro de Saúde de Rio Tinto e juntou também o Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, o Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, e o Vice-Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Pimenta Machado.

João Pedro Matos Fernandes realçou o enorme potencial de mudança que esta obra trará ao rio Tinto. ”Não só despoluímos o rio como criamos condições para a sua fruição pelas populações. Este é, a par do trabalho em conjunto das duas autarquias, o grande segredo deste projeto”, concluiu o Ministro. Rui Moreira e Pimenta Machado também salientaram esta faceta do projeto, que terá impacto não só no ambiente, como também nas populações, resolvendo um dos maiores passivos ambientais da Área Metropolitana do Porto.

Após o simbólico corte de fitas, seguiu-se uma viagem pelos 6,5 quilómetros pelo passadiço que liga o Parque Urbano de Rio Tinto ao Freixo, já na cidade do Porto.

O intercetor de rio Tinto, que custou 9,7 milhões de euros, 7,9 dos quais financiados pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR), permitiu reabilitar o emissário existente numa extensão de 1.950 metros e construir um exutor com 4.100 metros que liga as estações de tratamento das águas residuais do Meiral, em Gondomar, e do Freixo, no Porto, que no total servem mais de 140 mil habitantes. A obra inclui ainda um passadiço ao longo de todo o percurso, o arranjo urbanístico das margens e vegetação em redor, bem como zonas de fruição e melhoramento de acessos às habitações.

O rio que foi desviado, entubado e maltratado nos últimos 30 anos, pode agora recuperar e regressar às origens.