Câmara Municipal de Gondomar

Nadir em Gondomar até 20 de janeiro
publicado a 4 de Novembro de 2017

"Esta é, sem dúvida, uma grande forma de começar um novo mandato", referiu, hoje à tarde, o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, na inauguração da exposição do pintor Nadir Afonso, subordinada ao tema "A arte e a Matemática", que ficará no Auditório Municipal de Gondomar até ao dia 20 de janeiro de 2018. "Gostaria apenas de reafirmar o nosso compromisso com o Município, que é só um: o de continuar a afirmar Gondomar no Grande Porto e no País, no que toca, neste caso, à Cultura. Inovando, mas mantendo sempre a essência e genuinidade da nossa terra. Podem dizer aos vossos amigos que Nadir Afonso está exposto em Gondomar, na Sala Júlio Resende, dois grandes nomes da Cultura portuguesa”, desafiou Marco Martins.

"O meu marido Nadir Afonso, teve um percurso de vida peculiar", contou Leonor Afonso, referindo-se ao falecido marido, para uma assistência repleta, onde marcaram presença o Vice-Presidente da Câmara e impulsionador da exposição, Luís Filipe de Araújo, o filho mais velho do casal, Artur Afonso, e o curador da exposição a inaugurar, o jornalista e artista plástico Agostinho Santos. "Nadir queria ser pintor, quando saiu de Chaves para vir estudar para o Porto. Quando chegou, formou-se arquiteto por engano e rumou a Paris, disposto a viver o seu sonho onde, curiosamente, acabou por conviver e trabalhar com os maiores arquitetos do século XX".

Para Nadir, "pintor, arquiteto, homem simples - mas do mundo, pai paciente - porém inconvencional, que chegava a 'obrigar-se' a parar de pintar (o que o absorvia por completo), para observar o mundo", como o filho e a viúva o descrevem, a arte e a matemática andaram sempre "de mãos dadas". Segundo Leonor Afonso, podia demorar um dia a fazer uma pintura, "desde que as peças encaixassem como num puzzle". Porém, o remate final podia demorar dias ou semanas, até Nadir encontrar o equilíbrio perfeito entre elas. Baseada em dois estudos distintos, que marcam duas épocas da vida do Pintor, a exposição baseia-se na "cidade humana", onde a técnica da morfometria se encontra sempre presente.