A Casa Branca de Gramido recebeu, hoje, a Jornada “Parque das Serras do Porto - um ativo regional”. Integrando as atividades da segunda edição dos Encontros com o Parque, juntou no histórico edifício valboense dezenas de técnicos, académicos e investigadores. Coube a Teresa Andresen, arquiteta paisagista e coordenadora do projeto, a abertura da jornada, apresentando o Plano de Gestão do Parque das Serras e dando uma visão geral dos desafios para o futuro que o projeto enfrenta.
“Um dos maiores desafios é reduzir taxa de reincidência de fogos no território do parque”, destacou António Salgueiro, consultor da GIFF - Gestão Integrada e Fomento Florestal. Para este especialista na avaliação e gestão estratégica de risco de incêndios, reduzir a frequência dos fogos florestais será o segredo para potenciar o valor económico do território, quer através da exploração florestal ou do turismo.
Já Alexandre Lima, docente da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, focou a sua intervenção na importância do património geológico do território, nomeadamente do mineiro. A exploração mineira, que remonta à presença dos romanos no território, foi também um dos destaques das intervenções de Antónia Silva, técnica do Município de Paredes, e de Lino Tavares Dias, do Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória.
Estes especialistas em património cultural focaram as suas intervenções nas potencialidades de um território que, “com 6000 anos de ocupação humana, tem características únicas que potenciaram até a diversidade da fauna e flora”.
Coube a João Martins, biólogo e consultor da Floradata, apresentar a biodiversidade do património natural do parque, onde pontificam espécies como a lontra, o feto-de-cabelinho e a salamandra-lusitânica.
A jornada ficou ainda marcada pela antestreia de um documentário sobre o Parque das Serras do Porto, da autoria de Paulo Ferreira, e por uma visita guiada, em autocarro, pelo parque.
A segunda edição dos “Encontros com o Parque” decorre até ao próximo sábado com iniciativas nos concelhos de Gondomar, Paredes e Valongo. O programa foi desenhado de forma participativa, reunindo e articulando as sugestões da comunidade, nomeadamente das escolas, associações, parceiros e da população local.