Numa ação conjunta entre o Ministério do Ambiente e Ação Climática, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, a Câmara Municipal de Gondomar, a Agência Portuguesa do Ambiente e o Fundo Ambiental, decorreu hoje, nos terrenos das Antigas Minas de São Pedro da Cova, uma visita aos trabalhos de remoção das cerca de 137 mil toneladas de resíduos perigosos.
No interior do estaleiro, Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, realçou o “dia histórico, feliz e comovente” que hoje se vive no concelho de Gondomar e, em particular, em São Pedro da Cova, com a chegada do primeiro camião que fará a retirada dos resíduos. Ao longo do próximo ano, serão 32 camiões por dia, a retirar cerca de 800 toneladas diárias de resíduos perigosos cada um.
O autarca relembrou que a requalificação do espaço, onde foram depositadas toneladas de resíduos industriais perigosos, será o passo seguinte: “Não está cá o senhor ministro para lhe poder pedir os fundos para a requalificação do espaço, mas com certeza que a resposta será positiva. É importante que se faça justiça com a população”.
Marco Martins sublinhou ainda a importância do papel da autarquia que, para “viabilizar e agilizar o processo de retirada dos resíduos”, investiu cerca de 1,6 milhões de euros na expropriação de 27 hectares de terreno.
Em causa estão os terrenos onde foram depositadas toneladas de resíduos industriais perigosos provenientes da Siderurgia Nacional, que laborou entre 1976 e 1996, na Maia. Os terrenos incluem as escombreiras das minas, o complexo mineiro, que nos anos 1930 e 40 foi responsável por cerca de 65% da produção nacional de carvão, e a zona do Cavalete do Poço de São Vicente.