Câmara Municipal de Gondomar

Jovens de Gondomar aprofundam valores de cidadania em Bootcamp de Voluntariado
publicado a 11 de Dezembro de 2025

Ao longo das últimas semanas, 22 alunos da Escola Básica de Rio Tinto participaram num Bootcamp de Voluntariado promovido pelo Município de Gondomar, no âmbito do Plano de Capacitação e Dinamização do Voluntariado em Gondomar 2025. Concebido para despertar nos jovens o interesse pela participação cívica e pela intervenção comunitária, o programa uniu formação, experiências práticas e momentos de partilha intergeracional, reforçando competências de empatia, responsabilidade social e trabalho em equipa.

A iniciativa, dinamizada pelo Banco Local de Voluntariado em parceria com a Escola de Voluntariado Pista Mágica, decorreu ao longo de 10 sessões semanais durante o período letivo. O percurso formativo foi construído em torno de quatro eixos essenciais: compreender o papel do voluntário na comunidade, contactar diretamente com diferentes realidades sociais, identificar necessidades do território e desenvolver miniprojetos de voluntariado que permitissem aos participantes pensar soluções e assumir um papel ativo na sua concretização.

Ao longo deste processo, os jovens envolveram-se em várias atividades na escola e em instituições parceiras do Banco Local de Voluntariado, onde apoiaram colegas do ensino especial, dinamizaram pequenas ações educativas, participaram em projetos dirigidos a pessoas com deficiência e saúde mental e exploraram diferentes formas de contribuir de forma útil e responsável. Cada sessão reforçou a importância de observar o território, pensar no outro e agir com propósito.

Um dos grupos decidiu aprofundar o projeto “Felicidade”, desenvolvido no Centro Social e Paroquial São João da Foz do Sousa, centrado no contacto intergeracional, permitindo-lhes conhecer histórias de vida, apoiar tarefas do quotidiano da instituição e criar laços que, mais do que uma experiência pontual, deixaram marcas de aprendizagem mútua. Para muitos, foi a primeira vez que compreenderam de forma direta como um pequeno gesto pode transformar o dia de alguém e como, ao fazê-lo, também crescem enquanto cidadãos.

A sessão de encerramento do Bootcamp, que decorreu ontem, dia 10, no Centro Social e Paroquial da Foz do Sousa, reuniu os alunos e cerca de 50 seniores num momento de convívio e partilha.

A Vereadora com o pelouro da cidadania, Aurora Vieira, marcou presença e realçou o papel transformador da iniciativa, sublinhando que “no Município de Gondomar acreditamos que uma comunidade forte se constrói com participação, solidariedade e oportunidades para todos” e que “o voluntariado é uma expressão de cidadania ativa e um pilar essencial da nossa estratégia municipal para a inclusão e o desenvolvimento social”.

A autarca acrescentou que o voluntariado deve ser promovido de forma inclusiva, “aberto a todas as pessoas, independentemente da sua idade, capacidade, identidade, origem ou condição socioeconómica”, valorizando o potencial de cada cidadão para contribuir e crescer através do envolvimento comunitário. Sublinhou ainda que “esta estratégia deve começar junto da comunidade escolar e, por isso, iniciámos com um projeto-piloto em escolas, capacitando professores e técnicos da educação para a importância do voluntariado”.

A experiência desta primeira edição lança agora bases para que o trabalho iniciado nas escolas possa continuar a evoluir, ampliando oportunidades de participação para mais jovens e reforçando uma cultura de cidadania ativa no concelho. Mais do que uma atividade extracurricular, esta iniciativa procurou mostrar a cada participante que o voluntariado começa quando se olha o outro com atenção, e que, quando isso acontece, todos ganham: a comunidade, os jovens e o futuro que ajudam a construir.

O Bootcamp de Voluntariado integra a operação “Voluntariado Inclusivo e Educação para o Voluntariado”, financiada pelo PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, num investimento de mais de 160 mil euros, e que se destina a promover a inclusão social e a educação para o voluntariado, reforçando a participação de grupos tradicionalmente excluídos – como pessoas com deficiência, seniores, jovens e migrantes –, em atividades voluntárias.