Câmara Municipal de Gondomar

Centro de Excelência de Água vai nascer na Antiga Central de Captação de Água da Foz do Sousa
publicado a 2 de Julho de 2021

Foi esta manhã assinado o Memorando de Entendimento entre os Municípios de Gondomar e do Porto e a empresa Águas de Douro e Paiva (AdDP), na presença do Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, do Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, do Presidente do Conselho de Administração da AdDP, José Vale e do Presidente da Águas de Portugal, José Furtado. A assinatura contou com a homologação do Ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.

O Memorando visa a criação e gestão de um Centro de Excelência de Água, na Antiga Central de Captação de Água da Foz do Sousa, que se pretende um "exemplo de autossuficiência e sustentabilidade".

Para Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, este é "um dia histórico para a Foz do Sousa, para o concelho de Gondomar e para todo o Grande Porto!".

Segundo o autarca, este Centro de Conhecimento e Inovação terá "um papel fundamental" para Gondomar, pois "em muito valorizará o espaço, desativado há mais de três décadas". "Agora vai ser inserido naquilo que é um serviço para a comunidade, um serviço educativo na área da educação ambiental, mas que também recria aquilo que é a história do abastecimento de água ao Grande Porto durante um século e meio", acrescentou.

Neste que foi o primeiro local de captação para o abastecimento de água no Grande Porto e que se encontra atualmente abandonado, nasce um Centro de Conhecimento e Inovação assente no Eixo Água-Energia, onde decorrerão ações de formação e de capacitação que promovam a disseminação do conhecimento científico e técnico, o debate de políticas públicas e a musealização.

De acordo com o Ministro do Ambiente, "o edifício da Antiga Central revelou-se uma boa surpresa" pela "espantosa máquina industrial" que ali operou até finais do século XX. Nele, João Pedro Matos Fernandes espera que, a Universidade, o Politécnico, as empresas e as instituições culturais ligadas à água "possam ter um lugar, um núcleo de trabalho, que seja simultaneamente um repositório de boas práticas", no que à eficiência hídrica e energética diz respeito. "O mais fácil é a obra. O mais difícil é o programa", acrescentou, uma vez que "não queremos fazer aqui um museu. Queremos mesmo ter aqui um centro de saber ligado à água".

Além da requalificação do edifício da Antiga Central, classificado como monumento de interesse público, está prevista a reconstrução da ponte sobre o rio Sousa e a criação de espaços lúdicos nas margens do rio para usufruto da comunidade em geral.

Ainda hoje, sexta-feira, será lançado o concurso para o projeto de execução, como anunciou José Vale.

A obra deverá iniciar-se entre 2022 e 2023 e representa um investimento de oito milhões de euros.