O Orçamento e Grandes Opções do Plano do Município de Gondomar para 2020, no valor de 113,92 milhões de euros, foram aprovados hoje, em reunião ordinária daquele órgão autárquico, com os votos contra da CDU e PSD e ainda a abstenção da coligação “Valentim Loureiro Coração de Ouro” .
Este é o primeiro orçamento apresentado por este executivo após o Município ter saído do limite de endividamento excessivo, só possível graças à conclusão do acordo que solucionou a dívida à EDP e nele continua plasmada a opção por uma trajetória consolidada de desagravamento da dívida que permitirá, no final de 2020, atingir o valor de 72 milhões de euros, face aos 162 milhões que assumiu de dívida em 2013 (124 milhões contabilizados, 13 milhões apurados numa auditoria e 25 milhões de condenações judiciais a que foi condenado).
Este orçamento define como prioritárias três áreas de intervenção: o investimento na mobilidade e requalificação urbana, executando as ações previstas no Portugal 2020; a aposta no aumento da qualidade de vida, continuando a construir a rede de parques urbanos e melhorando os equipamentos coletivos, dos quais se destacam as escolas e os conjuntos habitacionais; e ainda a renovação dos quadros da Autarquia, por forma a suprir os mais de 250 colaboradores que saíram nos anos em que a legislação impedia de contratar, por força do endividamento excessivo.
Para o próximo ano está previsto um aumento de 25% na despesa de investimento, atingindo o valor total de 33 milhões de euros, com destaque para o Parque Urbano de Gondomar, a Via Nordeste e a Via Estruturantes Norte-Sul.
No documento hoje aprovado – que aloca também dois milhões de euros à beneficiação do parque escolar – destaque para a beneficiação de arruamentos (13 milhões), a reabilitação do edificado dos conjuntos habitacionais (3,7 milhões) e ainda as instalações desportivas e recreativas (1,7 milhões).
De realçar, por fim, a previsão de transferências no valor total de sete milhões de euros, destacando-se aqui o apoio a instituições sem fins lucrativos (3,6 milhões), como as coletividades e as corporações de bombeiros, e o apoio às freguesias (1,45 milhões).
O documento segue, agora, para debate e votação na Assembleia Municipal.